Lula ataca o Congresso e diz que extrema-direita é ‘o que existe de pior’
Por Fabio
15/10/2025 - 22h21
Durante um evento em comemoração ao Dia dos Professores, nesta quarta-feira (15), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao Congresso Nacional, afirmando que o Parlamento vive seu “momento de mais baixo nível”. As declarações foram dadas na presença do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), o que gerou constrangimento político e reação nos bastidores de Brasília.
“O Hugo é presidente desse Congresso. Ele sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como até agora. Essa extrema direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior”, afirmou Lula durante o discurso. As falas do presidente ocorreram dias após a Medida Provisória 1303, que previa aumento de arrecadação com taxação de fintechs, casas de apostas e cortes de gastos, perder a validade por falta de votação. Na ocasião, Lula já havia afirmado que o Congresso não derrotou o governo, “mas sim a população brasileira”.
O presidente discursou ao lado de Hugo Motta, que também foi vaiado por parte do público. Manifestantes gritaram palavras de ordem contra a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, pedindo punição aos acusados de tentativa de golpe. O evento, que tinha como foco anúncios do programa Mais Professores, acabou marcado pela troca de farpas políticas.
As declarações de Lula provocaram desconforto no Legislativo, sobretudo no momento em que o governo tenta reconstruir sua base de apoio após derrotas recentes no Congresso. Enquanto a tensão cresceu com a Câmara, Lula se reuniu nesta quarta-feira com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, no Palácio da Alvorada. A conversa abordou temas sensíveis para o governo, como a votação dos vetos à Lei Geral do Licenciamento Ambiental e as negociações sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). As falas do presidente ocorrem em um momento de alerta político para o governo, que tenta recompor apoio após a perda de medidas econômicas importantes e enfrenta resistência no Congresso em pautas orçamentárias e fiscais.
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