Brasileiros contam os bastidores de estudar Medicina no Paraguai
Entre adaptações culturais, custos acessíveis e sonhos de atuar fora do Brasil, dois estudantes compartilham no Giro Talk o que realmente acontece na vida de quem escolhe o Paraguai para se formar médico.

O novo episódio do Programa Giro Talk traz um bate-papo revelador sobre um tema que desperta cada vez mais curiosidade: estudar Medicina no Paraguai.
A conversa conduzida pelo apresentador mostra um lado pouco conhecido dessa escolha — os desafios, a adaptação, os custos e as motivações pessoais de quem decide cruzar a fronteira em busca do jaleco branco.
Os convidados são Adam Vilarinho e Emanoel Monteiro, jovens brasileiros que vivem a rotina de futuros médicos em universidades paraguaias. Com histórias e origens diferentes — um vindo de Naviraí (MS) e o outro diretamente do Amazonas —, os dois compartilham experiências que vão desde o impacto da língua até o sonho de se especializar e atuar fora do país.
“No começo é estranho, a língua muda, os termos médicos são outros. Mas em pouco tempo a gente se adapta. O curso é exigente, mas muito bem estruturado”, conta Adam, que estuda na Uninter, em Pedro Juan Caballero.
Ele destaca que o incentivo dos pais foi decisivo para seguir a carreira médica, e que o custo de vida é muito menor que no Brasil — chegando a ser “dez vezes mais barato” que uma mensalidade de curso similar em território brasileiro.
Segundo o estudante, até mesmo energia e água são mais acessíveis, e a presença massiva de brasileiros facilita a adaptação na fronteira seca com Ponta Porã.
Já Emanoel Monteiro, que deixou o Amazonas para estudar com a mãe no Paraguai, mostra a força de quem carrega um sonho familiar.
“Saí de casa muito longe, mas vim em busca de um sonho. Quero ser cirurgião cardiotorácico. É difícil, mas é o que eu amo fazer”, revela.
Entre as dificuldades, ele cita o idioma — que exige provas de proficiência ao longo do curso — e a necessidade de aprender a estudar sozinho.
“No começo eu não sabia estudar, tive que aprender vendo vídeos, testando métodos. Quem vem precisa entender que lá não é passeio, é dedicação total”, diz Emmanuel.
Ambos comentam também sobre o Revalida, exame brasileiro obrigatório para validar o diploma obtido no exterior, e sobre as oportunidades futuras — tanto no Brasil quanto na Europa. “Com esforço, a aprovação vem”, resume Adam.
O episódio mostra que, por trás da decisão de cursar Medicina no Paraguai, há mais que economia: existe resiliência, coragem e a vontade de realizar um sonho que vence fronteiras.
👉 Assista ao episódio completo no canal Giro Talk e descubra o que eles não contaram aqui.
👉 Insta: @girotalk
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