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"Cenário 2026: Quem pode enfrentar Lula sem Bolsonaro – e quem pode substituir Lula se ele não disputar"


Com Jair Bolsonaro fora da disputa presidencial de 2026 por estar inelegível até 2030, o tabuleiro político brasileiro se reorganiza. A direita busca um novo nome capaz de herdar o capital eleitoral do ex-presidente, enquanto a esquerda também se movimenta, especialmente diante da possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não concorrer à reeleição.


Possíveis candidatos da direita sem Bolsonaro

Sem Bolsonaro, a direita vive uma disputa interna pela liderança. Alguns dos principais nomes cotados são:

Michelle Bolsonaro

A ex-primeira-dama é vista como a herdeira natural do bolsonarismo. Tem forte apelo entre o eleitorado mais fiel ao ex-presidente e aparece bem colocada em pesquisas de intenção de voto. Sua imagem mais leve e seu perfil conservador a colocam como um dos nomes mais fortes.

Tarcísio de Freitas

Governador de São Paulo, Tarcísio tem trajetória técnica e apoio de setores empresariais. É considerado um nome viável para unir diferentes alas da direita, incluindo os bolsonaristas e os liberais mais moderados.

Outros nomes viáveis

  • Ratinho Júnior, governador do Paraná, é jovem, popular no Sul e visto como pragmático.

  • Romeu Zema, governador de Minas Gerais, tem discurso econômico liberal e foco na gestão.

  • Ronaldo Caiado, governador de Goiás, é experiente, com base forte no Centro-Oeste.

Esses nomes tentam se projetar nacionalmente e construir uma identidade política própria em um espaço antes dominado exclusivamente por Bolsonaro.


Se Lula não disputar, quem pode representar a esquerda?

Caso Lula opte por não disputar um novo mandato, a esquerda terá de se reinventar e encontrar um nome capaz de manter a coalizão que venceu em 2022.

Fernando Haddad

Ministro da Fazenda e ex-candidato à Presidência, Haddad é o nome mais consolidado dentro do PT. No entanto, sua rejeição em regiões conservadoras e sua ligação com medidas econômicas impopulares podem ser entraves.

Camilo Santana

Ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo tem bom trânsito no Nordeste e um perfil mais conciliador. É visto como uma alternativa viável e menos polarizadora.

João Campos

Prefeito do Recife, jovem e carismático, representa uma nova geração da esquerda. Tem apelo entre os mais progressistas e poderia atrair o eleitorado mais urbano e jovem.


Conclusão

O cenário eleitoral de 2026 será marcado pela ausência de dois dos principais protagonistas da política brasileira recente — Bolsonaro, já fora da disputa, e Lula, cuja candidatura ainda é incerta. Isso abre espaço para uma renovação de lideranças tanto na direita quanto na esquerda. A disputa, portanto, tende a ser mais aberta, marcada por reconfigurações, alianças inesperadas e o desafio de conquistar um eleitorado cada vez mais fragmentado.


Revista GIRO

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