📰 Alta de preços no governo Lula: impostos maiores e gastos sem corte pesam no bolso
- revgiro
- 2 de jun.
- 3 min de leitura
Por [Revista Giro]

A alta no custo de vida tem sido uma das principais reclamações dos brasileiros nos últimos meses. Com a inflação pressionando alimentos, combustíveis e energia, cresce o debate sobre as causas desse encarecimento. No terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a comparação com os preços do final do governo Jair Bolsonaro (PL) reacende discussões sobre carga tributária, responsabilidade fiscal e o peso do Estado.
Enquanto o governo atual justifica parte da alta nos preços por fatores externos, especialistas e economistas alertam que o aumento de impostos e a ausência de corte nos gastos públicos são hoje os principais motores da pressão sobre o bolso da população.
Abaixo, comparamos os preços médios de itens essenciais entre o fim do governo Bolsonaro e o período atual, com base em dados do IBGE, ANP, DIEESE e levantamentos regionais:
🛒 Cesta básica
Dezembro de 2022: R$ 678
Abril de 2025: R$ 826Variação: +21,8%
⛽ Gasolina (litro)
Dezembro de 2022: R$ 4,95
Maio de 2025: R$ 6,09Variação: +23%
O retorno de tributos federais como PIS e Cofins, retirados em 2022, elevou o preço nas bombas.
🍞 Pão francês (kg)
Dezembro de 2022: R$ 12,34
Abril de 2025: R$ 14,70Variação: +19%
📦 Arroz (5kg)
Dezembro de 2022: R$ 20,80
Maio de 2025: R$ 32,00Variação: +53,8%
Enchentes no Sul afetaram a produção, mas o impacto foi agravado pela alta nos custos logísticos e tributários.
🥩 Picanha (kg – valor médio nacional)
Dezembro de 2022: R$ 54,90
Abril de 2025: R$ 74,00Variação: +34,8%
Embora o valor médio nacional da picanha esteja em torno de R$ 74,00, em Campo Grande (MS) o preço chegou a R$ 116,00 no final de 2024, segundo levantamento da imprensa local. A escassez de oferta de gado pronto para abate e o aumento da arroba do boi gordo impulsionaram os valores no varejo.
💡 Conta de luz – tarifa residencial média (kWh)
2022: R$ 0,68
2025: R$ 0,79Variação: +16%
📈 Impostos maiores, gastos intocáveis
Um dos principais fatores apontados por analistas para explicar a escalada nos preços é o aumento da carga tributária. Desde 2023, o governo Lula retomou impostos federais sobre combustíveis e articula a criação de novos tributos, como a taxação de fundos exclusivos, apostas online, offshores e a regulamentação da reforma tributária com possível aumento da carga líquida sobre consumo.
Apesar da promessa de “responsabilidade fiscal”, o governo federal ampliou gastos com emendas parlamentares, aumentou o número de ministérios e manteve altos níveis de despesas com pessoal e custeio da máquina pública.
“Não se pode ignorar que, além de choques externos, o governo contribui para o aumento dos preços ao não cortar despesas e optar por elevar tributos. Isso pressiona o consumo, os investimentos e o custo de vida”, afirma o economista Fábio Bentes, da CNC.
📊 Inflação e percepção
Inflação acumulada em 2023: 4,62%
Projeção para 2025: 4,2% (Focus – Banco Central)
Sensação do consumidor: Apesar dos índices moderados, a percepção é de perda de poder de compra, já que produtos essenciais sobem acima da média.
🔍 Conclusão
A diferença entre os preços praticados no fim do governo Bolsonaro e os atuais revela uma tendência de alta que não pode ser atribuída apenas a fatores externos ou ao clima. A opção política por aumentar arrecadação sem reformar o Estado ou cortar despesas estruturais tem elevado a carga sobre empresas e consumidores.
Enquanto isso, a promessa de “picanha e cervejinha” feita na campanha esbarra na dura realidade econômica: o que se paga hoje no supermercado e no açougue é muito mais do que há dois anos — e parte disso é responsabilidade direta do próprio governo.
Kommentare