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📰 Alta de preços no governo Lula: impostos maiores e gastos sem corte pesam no bolso

Por [Revista Giro]

A alta no custo de vida tem sido uma das principais reclamações dos brasileiros nos últimos meses. Com a inflação pressionando alimentos, combustíveis e energia, cresce o debate sobre as causas desse encarecimento. No terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a comparação com os preços do final do governo Jair Bolsonaro (PL) reacende discussões sobre carga tributária, responsabilidade fiscal e o peso do Estado.


Enquanto o governo atual justifica parte da alta nos preços por fatores externos, especialistas e economistas alertam que o aumento de impostos e a ausência de corte nos gastos públicos são hoje os principais motores da pressão sobre o bolso da população.


Abaixo, comparamos os preços médios de itens essenciais entre o fim do governo Bolsonaro e o período atual, com base em dados do IBGE, ANP, DIEESE e levantamentos regionais:

🛒 Cesta básica

  • Dezembro de 2022: R$ 678

  • Abril de 2025: R$ 826Variação: +21,8%

Gasolina (litro)

  • Dezembro de 2022: R$ 4,95

  • Maio de 2025: R$ 6,09Variação: +23%

O retorno de tributos federais como PIS e Cofins, retirados em 2022, elevou o preço nas bombas.

🍞 Pão francês (kg)

  • Dezembro de 2022: R$ 12,34

  • Abril de 2025: R$ 14,70Variação: +19%

📦 Arroz (5kg)

  • Dezembro de 2022: R$ 20,80

  • Maio de 2025: R$ 32,00Variação: +53,8%

Enchentes no Sul afetaram a produção, mas o impacto foi agravado pela alta nos custos logísticos e tributários.

🥩 Picanha (kg – valor médio nacional)

  • Dezembro de 2022: R$ 54,90

  • Abril de 2025: R$ 74,00Variação: +34,8%

Embora o valor médio nacional da picanha esteja em torno de R$ 74,00, em Campo Grande (MS) o preço chegou a R$ 116,00 no final de 2024, segundo levantamento da imprensa local. A escassez de oferta de gado pronto para abate e o aumento da arroba do boi gordo impulsionaram os valores no varejo.

💡 Conta de luz – tarifa residencial média (kWh)

  • 2022: R$ 0,68

  • 2025: R$ 0,79Variação: +16%

📈 Impostos maiores, gastos intocáveis

Um dos principais fatores apontados por analistas para explicar a escalada nos preços é o aumento da carga tributária. Desde 2023, o governo Lula retomou impostos federais sobre combustíveis e articula a criação de novos tributos, como a taxação de fundos exclusivos, apostas online, offshores e a regulamentação da reforma tributária com possível aumento da carga líquida sobre consumo.

Apesar da promessa de “responsabilidade fiscal”, o governo federal ampliou gastos com emendas parlamentares, aumentou o número de ministérios e manteve altos níveis de despesas com pessoal e custeio da máquina pública.

“Não se pode ignorar que, além de choques externos, o governo contribui para o aumento dos preços ao não cortar despesas e optar por elevar tributos. Isso pressiona o consumo, os investimentos e o custo de vida”, afirma o economista Fábio Bentes, da CNC.

📊 Inflação e percepção

  • Inflação acumulada em 2023: 4,62%

  • Projeção para 2025: 4,2% (Focus – Banco Central)

  • Sensação do consumidor: Apesar dos índices moderados, a percepção é de perda de poder de compra, já que produtos essenciais sobem acima da média.

🔍 Conclusão

A diferença entre os preços praticados no fim do governo Bolsonaro e os atuais revela uma tendência de alta que não pode ser atribuída apenas a fatores externos ou ao clima. A opção política por aumentar arrecadação sem reformar o Estado ou cortar despesas estruturais tem elevado a carga sobre empresas e consumidores.

Enquanto isso, a promessa de “picanha e cervejinha” feita na campanha esbarra na dura realidade econômica: o que se paga hoje no supermercado e no açougue é muito mais do que há dois anos — e parte disso é responsabilidade direta do próprio governo.

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